segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Masoquista

Não sei o que esperar nem o que fazer, só sei que estou perdido e quero me encontrar, “mas a vida é uma caixinha de surpresas...” e me vejo em uma situação a muito vencida uma batalha de lagrimas e sangue em que eu sai aos pedaços.

Eu costumava pensar que o mundo dava voltas e que eu iria me impor perante tal dilema com classe e coragem, sim, o mundo da voltas, ele deu sua volta e eu não estava preparado eu não estou preparado, eu sou um escravo da vontade masoquista do meu coração, gostaria de poder arrancá-lo e desfrutar de uma vida sem sua intervenção. Antes eu fui pego desprevenido, eu não sabia, eu só queria. Eu não a compreendia eu não a conhecia eu não me importava eu não tinha nada a perder. Qual a desculpa agora? E tudo o que enfrentei pra não lembrar não precisar não querer? Não tenho mais desculpas nem sinto mais culpa, não mais... Agora eu a conheço, agora eu sei seus defeitos, eu conheço suas manias. Apenas sei que minha sanidade se foi e meu masoquista acordou para mais uma dose de seu antigo doce, e dessa vez eu sei onde estou pisando, eu sei o que esperar, eu sei que vou sofrer, eu sei que apesar de o que eu sinto ter amadurecido eu ainda sei que não importa, pois o que me causa a dor... Não me quer.

Eu estou traindo meu texto anterior, me traindo, traindo o que prometi, traindo o que conquistei, mas não posso trair o que sinto...

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