terça-feira, 27 de abril de 2010

Morrer pra viver

As marcas pelo corpo mostram o que me reservaram as ultimas horas, o dia não melhor que os outros me reservara uma surpresa no fim... Que horas são?

Quanto tempo estou aqui não sei, mas não há como sair, algo sobrenatural me segura como um pacto obscuro a muito tempo assinado,pensei que não podia entrar, mas agora não da pra me distinguir como individuo, eu não sou mais eu, eu sou você, quem disse que estamos separados? Já não sei de nada, estou perdido...

O suor brota de todo o corpo, o que é certo ou errado, não sei mais, cara e coroa, amor e ódio, prazer e dor, sou um animal irracional, sem pudores só instinto, estou com medo... Até onde posso continuar?

Mil e um pensamentos passam pela cabeça em apenas um segundo...

Todos os músculos tremem, o coração se perde numa arritmia acelerada, qualquer contato com a pele provoca ondas de choque que nascem na coluna e se espalham por todo o corpo até a ponta dos dedos... Onde eu estou?

Os sentidos se misturam num mosaico frenético...

O corpo não se reconhece mais não sabe seus limites, a confusão reina, espasmos involuntários ditam a nova sinfonia, a temperatura sobe, o calor é insuportável, a dores pelo corpo todo,a respiração esta forte mas parece não ser o suficiente,algo me machuca... O que esta havendo?

O instinto de sobrevivência da seu ultimo alento, a exaustão perene já não incomoda, a dor esta anestesiada, os sentidos não mais embaralhados agora passam a se perder,sinto que minha alma sai de meu corpo aos poucos, a hipersensibilidade da lugar a indiferença, o resto de energia me abandona, a redenção é absoluta, o frenesi vira torpor, o tempo para, a temperatura cai... Estou morto?

O mundo poderia acaba agora, não me importo mais...

To com fome e você?

Em 15 minutos a gente continua...

Nenhum comentário:

Postar um comentário