quarta-feira, 5 de maio de 2010

Diário de um pseudo-louco (como se faz um menino defeituoso)

Vamos começar do inicio...

Antes de me tornar o que sou hoje eu já fui um “girino” como todos e já nessa época já dava pra perceber algumas coisas diferentes.

Nunca gostei muito de me socializar desde bebê, eram raras as pessoas que me atraiam o colo, logo o passarinho emburrado era o predileto da maioria por ser tão quietinho e gordinho (sim eu era gordinho) não lembro, mas minhas bochechas deviam ser idolatradas. Nunca gostei de gente, tentaram me raptar quando eu era bebê.

Não dá pra confiar nas pessoas, por isso gosto da natureza, dos animais simples, quase um Mogli o menino logo misturado com o Bob (do fantástico mundo de Bob). Assim eu era, pra que amigos chatos se eu podia brincar sozinho? Mas ai tinha o inferno... ops! A escola...

Sim eu era o freak do canto, acabei desenvolvendo uma gagueira com o tempo (o que não facilitava em nada) e a vergonha virou ansiedade que virou medo, que virou um casulo.

Fora a família (salvo alguns) a maioria não gostava de mim, o que era recíproco, principalmente as mulheres...eu virei um expert em relacionamentos platônicos, eu sempre namorava a menina mais bonita da sala (pena que ela não sabia) mas pra que complicar? Era tudo uma maravilha, até aparecer o “idiota”... (o idiota era aquele que diferente de mim tinha algo que atraia as mulheres) e eles pegavam minha namorada e ela se deixava pegar, e eu sofria mais do que qualquer outra coisa, e ficava com ódio dos dois por terem me traído (como eles podiam fazer isso comigo?) lógico que nem um dos dois sabiam da minha existência, mas isso não era desculpa...

Logo eu era o sofredor mirim da minha época, colecionador de desilusões amorosas (leia-se BABACA).

Minha primeira namorada era a que eu queria mas não a que eu pedi em namoro (WTF!), minha mãe me convenceu a tentar namorar uma outra menina que a seus olhos era mais interessante que a que eu queria. Depois daquela dor de barriga mortal e vontade de morrer, com uma ajudinha no canto do clube de noite eu pedi a não namorada em namoro, ela não quis é claro, e quando eu já ia me render ao peso da derrota nos joelhos e começar a chorar eis que me aparece o meu real encanto para me consolar (valeu ai Deus, ou quem quer que seja, essa foi legal) e ela gostava de mim (devia ser doida, mas não importa) um gaguejada aqui e outra ali e começamos a namorar, não era o namoro do século (éramos crianças e eu só sabia dar selinho) mas eu era feliz na nossa simplicidade, até o “demônio” (leia-se melhor amiga da namorada) conspirou contra, levada pelo ciúme a tal melhor amiga (capeta) resolveu botar duvida quanto ao meu gostar e exigiu uma armadilha para provar meus sentimentos (eu era meio babaca mas não burro). Num jogo de vôlei na areia a minha namoradinha ingênua resolve puxar briga do nada com um cara tipo uns 5 anos mais velho que eu e esperou que eu a defende-se ( os seres humanos são estranhos mesmo) resolvi deixar eles brigarem e voltar pra casa da minha avó subir no meu jambeiro de estimação e lá chorar minhas magoas, não durou muito até a namorada ver que a amiga (satanás) tinha feito merda e aparecer embaixo do meu jambeiro (NO MEU JAMBEIRO!!!!) desculpas e lagrimas ela tentou subir e logo teve que descer porque eu ameacei derrubar ela de lá (Yes).

Nunca ia perdoar ela por duvidar de mim, minha ex-namorada foi embora inconsolada... (depois eu vou entender que as melhores amigas das namoradas são sempre um problema)

Mas isso fica pra próxima...

2 comentários:

  1. Bom... li todos seus posts agora, mas de todos esse chamou mais atenção, juntamente com o que fala de permitir-se muito bom!! Visão excelente das coisas.

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